sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Atenção Primária em Saúde com ênfase na Estratégia de Saúde da Famiília.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012
Diabetes Tipo II
O diabetes tipo 2 está bastante relacionado ao excesso de peso, mas também influem fatores como o tabagismo, o sedentarismo, a hipertensão arterial e o histórico familiar. Em geral, surge em adultos a partir dos 30-40 anos ou em adolescentes que já apresentam excesso de peso. É o tipo mais comum de diabetes, correspondendo a 90% de todos os casos.No diabetes tipo 2, o pâncreas inicialmente funciona bem. O problema está nas células de nosso corpo, principalmente dos músculos e de órgãos como o fígado, que mesmo na presença de insulina não conseguem absorver bem a glicose do sangue. Trata-se de um defeito genético que pode ser agravado por diferentes fatores de risco.
Diferentemente do diabetes tipo 1, em que os sintomas surgem de forma abrupta e de maneira pronunciada, o diabetes tipo 2 apresenta poucos sintomas, mas pode manifestar as mesmas complicações crônicas do diabetes tipo 1. Por isso, é fundamental que se examinem periodicamente os níveis de glicemia, principalmente a partir dos 40 anos ou naqueles que têm aumento de peso, colesterol elevado ou pressão alta.
Diabetes Tipo I
Em geral, o diabetes tipo 1 se inicia na infância ou na adolescência e necessita ser tratado com insulina durante toda a vida. Nesse tipo de diabetes, o pâncreas progressivamente não consegue mais produzir insulina em quantidades suficientes até chegar ao ponto de incapacidade total.O diabetes tipo 1 manifesta-se geralmente de maneira abrupta, com sintomas importantes de hiperglicemia (excesso de sede e fome, aumento do volume e freqüência da urina), acompanhados de perda de peso.
A doença aparece de forma tão repentina que, muitas vezes, o diagnóstico é feito somente quando a pessoa chega ao pronto-socorro com sintomas bastante intensos, como profundo mal-estar, desidratação, queda da consciência e níveis de glicemia sempre muito altos, na faixa dos 400 a 600 mg/dL. O hálito torna-se adocicado (conhecido como hálito cetônico), em função da grande quantidade de cetonas. As cetonas são fruto da quebra de moléculas de gordura que procuram substituir a glicose como fonte de energia.
Diabetes Gestacional
Aparece durante a gravidez e costuma desaparecer após o parto. Todavia, em alguns casos, pode voltar depois da gravidez, a qualquer tempo, e se estabelecer na mulher com as mesmas características do pré-diabetes ou do diabetes tipo 2.Durante a gravidez são necessários cuidados médicos bastante rígidos, pois há um grande risco de os bebês apresentarem problemas ao nascer. No pré-natal, já na primeira consulta, o médico é capaz de fazer uma avaliação geral dos riscos de diabetes gestacional. Mulheres com excesso de peso antes da gestação ou que já tiveram filhos nascidos com mais de 4 ou 5 quilos ou ainda que já tiveram diabetes em gestações anteriores são as que têm maiores chances.
A ocorrência geral de diabetes gestacional pode variar de 1% a 14%, dependendo da população estudada e dos critérios diagnósticos utilizados.
domingo, 4 de março de 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Menstruar ou não menstruar?
Cada vez mais mulheres optam por interromper de vez a menstruação. Veja o que os médicos dizem e o que deve ser levado em conta na hora de tomar essa decisãoAfinal, menstruar pra quê?
A gente conhece esta história: todos os meses, o corpo da mulher se prepara para engravidar e, quando isso não acontece, o óvulo amadurecido é liberado junto com parte do endométrio, a parede uterina. Isso é um sinal de que o organismo feminino está saudável e que os hormônios estão cumprindo direito o seu papel. Ponto.
Para interromper o ciclo, os especialistas indicam anticoncepcionais já conhecidos. "A diferença é que a mulher continua utilizando o método sem os intervalos geralmente recomendados", explica o ginecologista Jarbas Magalhães, secretário da Comissão Nacional de Anticoncepção da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
A maioria desses contraceptivos age de forma semelhante: trata-se de moléculas artificiais que agem como o estrogênio e o progestagênio, dois hormônios produzidos durante o ciclo menstrual. Ao simular essas duas substâncias, o remédio encena a fecundação que não ocorre. "O sangramento que as mulheres têm no intervalo da pílula é fruto apenas da falta do hormônio, e não uma menstruação legítima", esclarece a ginecologista Lucila Pires Evangelista, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Existem várias alternativas para deixar de menstruar (veja o quadro na próxima página), mas alguns médicos são contra qualquer uma delas em mulheres jovens e saudáveis. "Embora esses hormônios pareçam seguros, ainda não conhecemos os efeitos no corpo a longo prazo", argumenta o ginecologista Flávio Zucchi, do Hospital Santa Catarina, em São Paulo.
A turma de jaleco só concorda em um ponto: para algumas mulheres, parar de menstruar é essencial. "Indico para pacientes que sofrem com cólicas muito intensas e endometriose, quando o tecido que reveste o útero cresce demais", completa Zucchi.
Sem o sangramento periódico, a tensão pré-menstrual, a famosa TPM, é outra chateação que dá adeus — pelo menos temporariamente. "Em alguns casos graves, em que a sensibilidade fica muito exacerbada, a supressão da menstruação pode ser mais uma arma contra a TPM, mas não podemos fazer dela o único recurso possível", opina o psiquiatra Alexandre Saadeh, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Antes de tomar qualquer decisão, o mais importante é conversar com seu ginecologista. "É preciso avaliar o seu histórico e realizar uma bateria de exames, como o ultrassom transvaginal", recomenda o ginecologista Waldemir Rezende, do Hospital Santa Catarina. A supressão é — ou deveria ser — descartada para obesas, hipertensas e diabéticas descompensadas.
Depois de iniciado o tratamento, é importante ficar de olho no comportamento do organismo. "Até mesmo bons médicos se equivocam na escolha do método, e só o acompanhamento vai revelar se a opção foi certeira", diz César Eduardo Fernandes.
E a fertilidade?
Os efeitos de todos os anticoncepcionais são reversíveis. "Geralmente, indicamos que a paciente deixe de usar esses métodos três meses antes da fase em que deseja engravidar para que o útero, que estava descansando, se prepare para a gestação", explica Flávio Zucchi. Esse período de recuperação do sistema reprodutor varia de acordo com o tempo de ação de cada contraceptivo, que pode chegar a até 18 meses, no caso da injeção trimestral. Para Renate Michel, professora de psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba, a decisão de menstruar ou não precisa ser algo muito refletido. "A mulher deve se perguntar o real motivo desse desejo e decidir de maneira consciente", finaliza Renate.
Qual metódo posso usar
Saiba mais sobre seis anticoncepcionais utilizados para brecar a menstruação e se eles realmente funcionam
> AdesivoNão impede a menstruação, exceto quando a mulher não segue o período de uma semana de descanso.
Anel vaginal
É inserido pela própria mulher e dura 21 dias. Até três anéis consecutivos podem ser usados, resultando num período de 60 dias sem menstruar.
> InjeçãoDura três meses, e 60% das mulheres que a utilizam não menstruam nesse período. Pode causar retenção de líquidos.
> ImplanteTrata-se de uma espécie de bastonete recheado de hormônios e que é inserido no braço. Tem validade de três anos, mas pode causar sangramentos indesejados.
> Diu hormonalO dispositivo intrauterino libera uma pequena dose hormonal todos os dias por cinco anos. Não impede a menstruação, mas diminui muito o fluxo.
> PílulaPara não menstruar, deve ser tomada sem o intervalo habitual e com alterações na carga dos hormônios.